No dia 23/3 foi anunciada a contribuição extraordinária ao POSTALIS no percentual de 17,92% pelo período de 23 anos para os participantes do plano de benefício definido saldado.
Este valor não é sobre o salário é sobre o benefício saldado.
Quem está neste plano são os trabalhadores contratados antes de 2005, quem foi contratado após, estão no POSTALPREV e não terão mensalidade extraordinária.
Qual a diferença entre os planos?
No POSTALIS os trabalhadores têm o benefício definido, ou seja, com valor definido de complemento de aposentadoria.
Quando ocorre um déficit no plano é cobrado uma mensalidade extraordinária, de acordo com o Regulamento, para garantir o pagamento da aposentadoria do trabalhador.
No POSTALPREV a mensalidade é definida e não sabemos qual vai ser o valor do complemento da aposentadoria.
Nesta modalidade quando ocorre perda nos investimentos reflete diretamente no complemento da aposentadoria.
Isso quer dizer que não temos garantia nenhuma de receber a aposentadoria, até porque os administradores do POSTALIS e POSTALPREV são os mesmos.
Lembrado que está mensalidade era para ser estabelecida em abril de 2015, depois de muita luta, denúncias e inclusive paralização, a ECT recuou e fez um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a PREVIC - Superintendência Nacional de Previdência Complementar para diminuir o rombo do POSTALIS, o que não aconteceu.
A mensalidade proposta pelo Conselho de Administração em 2015 era de 25,98, em 15 anos.
A empresa e o POSTALIS tentaram convencer a categoria sobre a diminuição do percentual, porém de 15 anos passou para 23 anos.
Também é importante lembrarmos que a mensalidade extraordinária é cobrada desde 2012, com um percentual de 3,94%, como o plano continuou em déficit a solução apresentada é o aumento da contribuição extraordinária.
Este rombo é devido à má administração do Fundo de Pensão através de indicações para ocupar os cargos na entidade pelo PT e pelo PMDB.
Consta em ata o relato de um dos conselheiros sobre o desvio de “pelo menos R$ 2,724 bilhões, desviados do POSTALIS”.
Até o momento nenhuma medida foi tomada para punir os responsáveis.
Está em curso uma CPI no Congresso, que diante do atual cenário político, é possível que acabe em ‘pizza’, pois até agora já se teve diversos indícios de fraudes e desvios e ninguém foi julgado, condenado e preso e obrigado a devolver o dinheiro dos trabalhadores.
Também não podemos esquecer que a própria ECT está dando um calote de mais de 1 bilhão na categoria.
Este valor é referente ao RTSA que já tinha sido autorizado o seu pagamento em 2010, porém em 2014, a ECT cancelou alegando que o DEST determinou sua suspensão e o valor entrou na contabilidade da empresa como déficit.
Nos trabalhadores não temos responsabilidade alguma neste rombo! Não vamos pagar esta conta! A ECT tem que pagar pelo rombo! Cadeia para os responsáveis por este roubo do dinheiro dos trabalhadores!
(Texto do dirigente sindical Samuel de Mattos)
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