Crise dos Correios: gestão tenta culpar trabalhadores, mas sindicato aponta má administração como causa

Campanha Salarial 2025/2026 é lançada em SC com foco na recuperação de direitos e defesa da estatal; assembleias regionais começam em julho.

Enquanto a atual gestão dos Correios insiste em atribuir aos trabalhadores a crise financeira da empresa, o Sindicato rebate: o problema é a má administração. 
 
Na terça-feira. 15/7, foi lançada oficialmente em Santa Catarina a Campanha Salarial dos Trabalhadores dos Correios 2025/2026, que promete ser a mais desafiadora dos últimos anos, com o objetivo de recuperar direitos perdidos, garantir empregos e exigir um choque de gestão para salvar a estatal.
 
A culpa é de quem? Trabalhadores versus gestão
 
A direção dos Correios tem construído uma narrativa de que os custos com pessoal são os grandes vilões do déficit da empresa.
 
No entanto, o sindicato destaca que a crise é fruto de anos de desinvestimento, má gestão e desmonte promovido nos governos anteriores.
 
Os trabalhadores são quem mantêm os Correios funcionando, mesmo com Unidades sucateadas, atrasos no plano de saúde e condições precárias de trabalho. 
 
- A culpa não é nossa – exige-se um choque de gestão e responsabilidade da gestão da empresa e do governo", afirmou o Secretário Geral do Sintect/SC Hélio Samuel de Medeiros.
 
A crise não começou agora, mas a solução não pode esperar.
 
O governo Lula foi eleito com o apoio da categoria, e agora precisa agir para reverter esse cenário", reforça Samuel.
 
Plano de saúde em colapso e condições degradantes
 
Um dos principais pontos da campanha é a defesa do plano de saúde, essencial para os trabalhadores, que muitas vezes adoecem devido à alta carga de trabalho. 
 
Com o SUS sobrecarregado, o benefício é vital, mas a empresa deixou de repassar recursos aos prestadores, causando falta de atendimento em todo o estado.
 
A situação se agrava com o abandono das Unidades dos Correios: falta de higiene, estruturas danificadas, pátios sem manutenção e total descaso com a imagem da empresa. 
 
Correios como balizador do mercado, mas governo precisa agir
 
A estatal tem papel estratégico no país: define preços acessíveis no mercado de encomendas, contribui para que exista a opção de fretes grátis e possui capilaridade única. 
 
No entanto, sem um plano de recuperação, o futuro está em risco.
 
O sindicato pressiona o governo federal por:
 
- Devolução dos lucros históricos retirados dos Correios;
- Fim do desmonte e investimento em infraestrutura;
- Resposta imediata para evitar mais perdas de postos de trabalho.
 
Calendário de mobilizações: rumo ao estado de greve
 
Por isso, é importante que os trabalhadores e as trabalhadoras ecetistas participem das assembleias regionais que começam ainda em julho e podem culminar na decretação de estado de greve:
 
22/7 – Criciúma (Sul) e Blumenau (Vale do Itajaí)
(Avaliação da proposta da Campanha Salarial)
 
5/8 – Joinville (Norte) e Lages (Meio Oeste)
(Análise da negociação e possível escalada de mobilização)
 
19/8 – Chapecó (Oeste) e Florianópolis (Sede)
(Avaliação final e decretação de greve, se necessário)

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