No dia 15 de agosto, os Correios apresentaram ao Comando Nacional de Mobilização e Negociação da FENTECT a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2025.
Em uma assembleia que lotou o pátio da sede do sindicato, a pauta foi submetida aos trabalhadores dos Correios de Santa Catarina.
Os trabalhadores deliberaram sobre os itens do acordo e em votação, a maioria da categoria optou por aprovar a proposta da empresa.
Os avanços na negociação deste ano ocorreram como resultado da mobilização da categoria em todo o país.
A participação dos trabalhadores de Santa Catarina nas assembleias fortalece a posição da categoria na mesa de negociação, demonstrando à empresa a insatisfação dos ecetistas.
Após análise, o Comando de Negociação entendeu que a proposta apresentada pela empresa traz avanços na recuperação dos menores salários, NM01 A, com um reajuste de até 10,70%, representando 6,64% acima da inflação.
Embora o reajuste salarial só ocorra em janeiro, haverá uma compensação com o pagamento de um Vale-Extra indenizatório de R$ 1.000,00 em dezembro e R$ 1.500,00 em janeiro, além dos ganhos acima da inflação.
Além do reajuste linear, o retorno de 70% da gratificação de férias e a volta do Vale-Extra ou Vale-Peru proporcionarão aos trabalhadores a possibilidade de reunir suas famílias para celebrar o final de ano.
O reajuste de 20% nas funções motorizadas também visa recuperar o valor dessas funções, destacando a necessidade de revisão do plano de Cargos, Carreiras e Salários.
O objetivo deste ano foi destacar os problemas nas condições de trabalho nas unidades e recuperar as perdas de direitos ocorridas durante os governos Temer e Bolsonaro.
Em 2023, foram restabelecidas 40 cláusulas e, neste ano, além de ampliar direitos, foi importante esclarecer como serão atendidas as reivindicações da categoria.
A proposta aprovada pelos trabalhadores assegura o pagamento de um reajuste linear de R$ 260,00.
Representa um aumento salarial entre 10,70% para as remunerações mais baixas e o mínimo de 4,11% no INPC de 4,06% em janeiro (conforme tabela elaborada pela assessoria do DIEESE).