Bolsonaro ignora prestação de serviços à população

A Federação e as entidades sindicais devem ampliar a luta para proteger os empregos e a empresa construída com a força da categoria.

Os dirigentes do Sintect/SC estão mobilizando os trabalhadores e conscientizando a sociedade sobre a venda do patrimônio que são os Correios pela política destrutiva do governo.
 
Diferente do caráter social da produção capitalista de mercadorias, ser imposto pela concorrência, agindo como um mecanismo de regulação dos preços e pela busca do lucro, o caráter social dos Correios não deve visar o lucro, mas sim a sua manutenção com a prestação de serviços para o desenvolvimento da sociedade. 
 
O governo Bolsonaro sabe que o compromisso do setor privado é, além de manter o negócio, obter lucro e por isso ao privatizar as estatais, sem produzir políticas para gerar emprego para os brasileiros, o governo atira a população na miséria, ampliando as diferenças sociais, causando o fechamento dos postos de trabalho, diretos e indiretos. 
 
Na primeira semana do ano de 2021, em resposta aos seus apoiadores o presidente falou da decisão da Ford de encerrar a produção de veículos no Brasil e afirmou: “em um ambiente de negócio, quando uma empresa não tem lucro, ela fecha”.
 
No caso da Ford, deixando pra trás 5 mil trabalhadores desempregados, em uma economia incapaz de absorver essa mão de obra. 
 
O Ministro da Comunicações Fábio Faria (PSD), tem se esforçado para sair da sombra do sogro, o apresentador Silvio Santos, o homem do Bau.
 
Para isso pretende colocar seu nome na história do país, a partir da proposta em um projeto de lei regulamentando a abertura do setor postal para a iniciativa privada.
 
Só neste primeiro semestre de 2021, a Secretaria de Desestatização, Desinvestimento e Mercado do Ministério da Economia pretende vender 47 estatais.
 
Até agora somente a privatização da Eletrobrás foi entregue ao Congresso. 
 
Mas no caminho da privatização existe uma categoria disposta a lutar para manter a prestação deste serviço público.
 
Outro tema que pode dificultar a venda do patrimônio dos Correios está o direito da estatal a isenção do pagamento de impostos. 
 
O STF julgou e decidiu no passado que a estatal não paga impostos pois na Constituição é prevista a chamada imunidade tributária recíproca que proíbe a União, estados e municípios de cobrarem tributos um dos outros.
 
De acordo com o Ministério da Economia, a estatal economiza R$ 1,6 bilhão por ano pelo não pagamento de impostos e para resolver a situação Bolsonaro terá de criar algum benefício tributário na lei de privatização. 
 
Sendo assim, o governo terá de beneficiar as empresas compradoras dos Correios oferecendo alguma contrapartida - isenção tributária - que torne a estatal ainda mais atraente para o setor privado, nem mesmo uma concessão dos serviços pode garantir esses benefícios.
 

 

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