Sintect e Fentect seguem na luta para reintegrar trabalhadores anistiados

Servidores demitidos ou dispensados em função de reforma administrativa no governo Collor seguem em luta para voltar ao trabalho nos Correios.

21 anos depois o Carteiro Luiz Arthur Sant´anna Darley, 56 anos, foi reintegrado em 2013 ao trabalho nos Correios, após ter sido demitido em 1992 e o motivo ele garante: "- Foi perseguição política". Luiz Arthur prestou Concurso para os Correios em 1987, aprovado, foi trabalhar no setor de registrados. A época ele morava e trabalhava no Rio Grande do Sul. Após a demissão veio para Santa Catarina.

Após conversar com colegas, procurou o Sintect/SC para acionar a Justiça com o pedido de reintegração a ECT. "Sempre cumpri minhas obrigações, não privilegiava ninguém", comenta. O histórico profissional do trabalhador não justifica a demissão. "Eu sou militante desde jovem, participo da vida política como todo cidadão deveria fazer", explica. E no exercício da cidadania Luiz Arthur sofreu coerção por parte da empresa.

 

Comissão Nacional de Anistia

No último dia 26/4, dirigentes da Fentect estiveram reunidos com especialistas em Anistia - Lei 10.599/02 para tratar da falta de compromisso da Comissão de Anistia dentro do Ministério da Justiça. Durante a reunião com o presidente da Comissão de Anistia Paulo Henrique Khun a Federação foi informada que a partir de agora os trabalhadores demitidos, terão de assinar uma procuração para poderem ser representados nos julgamentos pela Fentect.

- Desta forma, orientamos os companheiros que não tem advogado em Brasília e não podem estar presentes em seus julgamentos, que façam uma procuração nomeando os membros desta CNA para representa-los em seus julgamentos - informa a Federação.

Em audiência com Miguel Martinho vice-presidente de Operações da ECT a Fentect busca uma solução para os trabalhadores demitidos que estão enquadrados nas Leis 8.632/93 e 11.282/06 - chamada Paulo Rocha I e II.

O objetivo é o de trazer estes demitidos de volta ao trabalho na ECT.

A federação está atuando em várias frentes. Solicitou reunião com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações para tratar do assunto, foi protocolado documento no qual é solicitada a realização de uma audiência com o ministro Gilberto Kassab para tratar da retirada de todos os processos de Anistia e a devolução dos mesmos para a Comissão Especial de Anistia – CEA.

Em reunião na ECT, com Fagner José Rodrigues gerente de Relações do Trabalho – GERT/VIGEP foi questionado o porquê da ECT não ter dado seu parecer jurídico sobre o pleito relacionado às Leis 8.632/93 e 11.282/06, conforme compromisso assumido pelo ex-presidente dos Correios Guilherme Campos.

Campos também havia se comprometido a informar a quantidade de trabalhadores/as demitidos no País durante o ano de 1989.

Os dirigentes do Sintect/SC seguem nesta luta junto a Fentect para que dezenas de trabalhadores sejam reintegrados ao trabalho na ECT.

 

Defesa dos demitidos dos Correios

Entre os dias 22 e 24 de agosto do ano passado foi realizado, em Brasília, o 24º Encontro Nacional dos Anistiados, Anistiados e Anistiáveis. Durante o Encontro foram deliberadas propostas e entre elas a Fentect faria um levantamento sobre quantos trabalhadores e trabalhadoras foram anistiados e quantos estão na ativa; quem aderiu aos Planos de Desligamentos da Empresa e quantos foram os anistiados indeferidos - inclusive as contradições entre a posição do GTA e da CEA ao tratar das Leis 8.632 e 11.282 além de entender qual seria o impacto econômico-financeiro para a estatal.

 

Entenda como tudo começou

Em 1994, a Lei 8.878 concedeu anistia a servidores públicos, empregados da administração pública federal, empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista, exonerados, demitidos ou dispensados em função de reforma administrativa no governo Collor.

 

fonte: www.sintectsc.org.br

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