A Marcha das Periferias tem como objetivo marcar o mês da Consciência Negra com mobilizações dos trabalhadores contra a discriminação racial, as prisões arbitrárias e a violência policial sofrida pelo povo negro no Brasil e no mundo.
A Marcha nasceu nas comunidades periféricas de São Luís, no Maranhão a partir da organização de negras e negros trabalhadores, reunindo Quilombolas, Movimento Hip Hop, juventude, donas de casa e desempregados em todo o país.
Para Hertz Dias membro do Movimento Hip Hop Quilombo Brasil esse ano a marcha ganha mais potência com a integração de outros coletivos de periferia e do movimento negro como um todo.
“É uma atividade que se propõe a construir algo maior e consistente via os comitês de periferia. Queremos que esses fóruns se consolidem como polo de resistência das lutas contra as reformas, o racismo, o machismo e exploração”, salientou.
O dirigente do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe Júlio Condaque destacou os dados ainda alarmantes das mortes de jovens nas periferias de todo país.
“O Atlas da Violência aponta que de 2005 a 2015, 271 mil pessoas foram assassinadas no Brasil. Grande parte dessas mortes é de jovens negros e moradores da periferia. Precisamos denunciar esses números e exigir reparação, a população não admite mais retrocessos. O retorno do trabalho escravo, a Reforma Trabalhista, a Lei 181 que criminaliza o aborto no Brasil, são medidas que não podemos aceitar”, finalizou.
Fonte: CSP-Conlutas
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