Além de excluir vários itens, a empresa propõe o enfraquecimento sindical para a defesa da categoria.
Gilson Vieira, representante de SC na negociação avisa que a estratégia do presidente dos Correios configura um golpe pois prejudica a negociação e causa muita dúvida aos trabalhadores.
- Desta maneira a empresa tenta engessar a greve, adiar a negociação sem apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria, assegurando os nossos direitos conquistados - comenta Gilson.
Os negociadores da estatal terminaram as discussões, avisando que retornaria ao debate na terça-feira, dia 20/9.
- O Comando tencionou duramente a estatal para dar continuidade a negociação, estando a disposição para seguir com os trabalhos, inclusive no domingo - sugeriu.
Abaixo um resumo da proposta apresentada pela estatal para os trabalhadores.
· Instituição do regime de banco de horas (acabando com o pagamento de horas-extras e criando o registro de ponto eletrônico);
· Fim da Entrega Matutina (excluindo a cláusula do ACT);
· Substituição da segurança armada das agências por um kit básico: cofre com fechadura eletrônica, alarme monitorado e circuito fechado de TV;
· Exclusão da cláusula que permite a fiscalização do cumprimento do ACT por parte do sindicato;
· Exclusão dos textos que dificultem ou criem barreiras para a execução da Dispensa Motivada (demissão em massa sem justa causa);
· Exclusão da cláusula que exige concursos públicos na ECT;
· Exclusão da cláusula que prevê o pagamento de indenização por morte ou invalidez permanente;
· Fim da pausa de 10 minutos/hora para quem trabalha em terminais computadorizados;
· Fim da tolerância de 5 a 10 minutos para registro do ponto;
· Em caso de inovações tecnológicas, os empregados seriam reenquadrados e não mais realocados;
· Exclusão da cláusula que regula o processamento de consignações em folha de pagamento (prejudicando as solicitações de empréstimos consignados);
· Exclusão do Programa Casa Própria;
· Redimensionamento da carga nos centros de tratamento, sem a participação de um representante sindical;
· Redução da quantidade de empregados no Grupo paritário que trata da anistia (de 5 para 2);
· Extinção das comissões regionais que tratam da violência contra a mulher e da violação dos direitos humanos;
· Extinção da Gestão Regional das Relações do Trabalho, para dificultar a atuação sindical, centralizando tudo em Brasília,
· Extinção da comissão paritária que avalia a responsabilidade civil do empregado em acidente de trânsito.
fonte: www.sintectsc.org.br