Proposta do TST sugere congelar reajuste e levar discussão para dezembro

Neste período seria negociado a implantação das alterações no plano de saúde, desde que a categoria não recorra a greve no próximo semestre, seja qual for o motivo.

Na manhã do dia 22/8, o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Emmanoel Pereira, propôs a prorrogação de todas as cláusulas do ACT 2016/2017 até 31 de dezembro, incluindo o plano de saúde.

Neste período seria negociado a implantação das alterações no plano de saúde, desde que a categoria não recorra a greve no próximo semestre, seja qual for o motivo.

A proposta do ministro é maliciosa e coibiria a categoria de realizar greve já com data marcada para o mês de setembro, incluindo ainda paralisações motivadas por problemas regionais.

- A Fentect rejeitou a interferência do TST, mesmo antes de iniciarmos as negociações com a ECT e rejeitou a proposta apresentada pelo ministro, e se posicionou favorável ao início das negociações com a ECT de imediato - contou o dirigente José Maria Pego.

A Findect aceitou a proposta de mediação e diante disso o vice-presidente do TST determinou um prazo de 15 dias para a entidade realizar as assembleias de aprovação da proposta.

Consequências da proposta

A extensão do prazo para discussão sobre a pauta de reivindicações para o Acordo Coletivo em um cenário de aprovação da Reforma Trabalhista coloca a categoria numa condição desfavorável.

Os trabalhadores ficariam sem data-base e portanto sem reajuste salarial e dos benefícios.

A empresa economizaria sem precisar dar reajuste salariais e nos benefícios e os salários estariam congelados.

Quando o vice-presidente do TST foi questionado sobre caso esse discussão fosse aceita, se o reajuste, quando ocorresse, seria retroativo a data base, ou seja, 1 de agosto.

O ministro lançou um engodo e disse que não era o momento de debater a questão afirmando que lá na frente isso seria resolvido.

- Sendo assim, a categoria perde metade da aplicação de qualquer reajuste que possa ser acordado com a empresa - esclarece Pego.

A Findect tomou o posicionamento que atende aos interesses dos gestores da ECT.

- Para nós isso significa trair a categoria e neste momento isso enfraquece a nossa luta - lamenta o dirigente.

Os representantes da empresa cancelaram a primeira reunião de negociação com o Comando, marcada para ser realizada no período da tarde.

- Nos queremos negociar diretamente com os Correios, e se houver qualquer ataque a categoria, queremos ter o direito de utilizar a greve como a única arma que os trabalhadores possuem - destaca Pego.

Com essa proposta não haverá garantias de reajustes retroativos e a categoria não ficará isenta de mensalidades no plano de saúde.

fonte: www.sintectsc.org.br

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