A greve é sempre o último recurso da classe trabalhadora para lutar por seus direitos. Antes de chegar a paralisação dos trabalhos, a luta diária dos dirigentes do Sintect/SC passa por realizar dezenas de reuniões todas as semanas com a categoria. Esses encontros têm como objetivo, informar os trabalhadores sobre a situação dos Correios na visão dos funcionários. São milhares de reclamações e muitas delas acabam sendo argumento de processos contra a ECT, por descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.
Além disso, são avaliados e analisados o cenário político e seus reflexos para a classe trabalhadora. A mudança de gestão na estatal considera os interesses políticos. Cada novo nome que assume um cargo de confiança na estrutura dos Correios, está mais interessado em se beneficiar da situação do que em melhorar o cotidiano da categoria. Vivemos um momento no qual o risco por falta de segurança para quem trabalha nos Correios é uma realidade. Seja nas Unidades, Agências ou no transporte das encomendas, todos somos alvos de assaltantes em busca de mercadorias de valor. A vida do Carteiro e do Atendente Comercial está correndo risco.
O plano de saúde é um tema repetitivo, mas não se pode deixar a empresa transformar este benefício. Está claro que o governo quer economizar exigindo uma contrapartida maior dos salários dos trabalhadores para manter o plano de saúde. Essa é uma situação na qual o lado mais fraco precisa se tornar o lado mais forte. Caso contrário, daqui a pouco você vai estar pagando para trabalhar. O plano de saúde ao atender a família passou a funcionar quase como um complemento salarial para quem recebe um salário menor.
As Unidades que estão sendo fechadas são o resultado dos erros de planejamento na estrutura da estatal. Se as cidades só crescem a cada dia e antes a motivação era atender ao maior número de municípios. O que mudou? Internamente, existe uma insatisfação de 8 em cada 10 trabalhadores em relação a maneira como a empresa o trata. Seja o pessoal do administrativo, triagem ou da entrega. O cumprimento das metas superou o bom atendimento e a prestação de um serviço de qualidade.
Mesmo assim, centenas de trabalhadores estão todos os dias nas ruas, cuidando para manter a empresa de Correios funcionando para a população. Chega uma hora que é preciso ser menos egoísta e participar da luta pelo coletivo. Por isso, a direção do Sintect/SC está realizando ações como a Audiência Pública, ocorrida na terça-feira, dia 11/7, na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, para debater a situação dos trabalhadores, a precarização dos serviços prestados a população e a privatização dos Correios.
- Como direção sindical buscamos abrir espaço na agenda política para incorporar nossas reivindicações nas discussões e nos debates políticos. Só dessa maneira, expondo a realidade do dia a dia de trabalho nos Correios, iremos conseguir pressionar o governo por meio da opinião pública a melhorar as nossas condições de trabalho. Lutamos por um futuro melhor para você e para a tua família. - afirmou o dirigente Gilson Vieira.
fonte: www.sintectsc.org.br
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