No dia 25 de março de 1911, 146 pessoas, em sua maioria mulheres, morreram em um incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York.
A fábrica empregava cerca de 600 trabalhadores, a maioria constituída por mulheres jovens imigrantes que trabalhavam 14 horas por dia.
A Triangle Company ocupava os três últimos andares do edifício Asch, de dez andares, que fazia esquina entre as ruas Greene Street e Washington Place.
Três anos antes, em 1909, uma grande greve de mulheres costureiras coordenadas pelo sindicato International Ladies\' Garment Workers\' Union, que tentava negociar um acordo coletivo.
A International Ladies\' Garment Workers\' Union era um dos maiores sindicatos dos Estados Unidos e um dos primeiros sindicatos americanos a ter a maioria dos filiados do sexo feminino.
Os donos da Triangle se recusaram a assinar o acordo.
Na tarde do dia 25 de março de 1911 um incêndio nos últimos andares do edifício encheu as escadarias com fumaça e o elevador parou de funcionar.
Para evitar o roubo de materiais ou pausas durante o trabalho as portas eram trancadas.
A única saída de emergência acabou bloqueada pelo peso das operárias que tentavam escapar.
Algumas trabalhadoras lançaram-se das janelas, a uma altura de nove andares.
Poucas sobreviveram a estas quedas. As restantes esperaram até que o fogo as consumisse.
O total de mortos foi de 146, sendo que 84 pereceram no incêndio e 62 nas quedas.
O incêndio da Triangle Shirtwaist é, muitas vezes, associado à instituição do Dia Internacional da Mulher.
A data já havia sido proposta em 1910, um ano antes do incêndio.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, Dinamarca, Clara Zetkin, militante e intelectual alemã, apresentou uma resolução para que se criasse uma \"jornada especial, uma comemoração anual de mulheres
Somente a partir de 1977 a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o dia 8 de março como o Dia Internacional pelos Direitos da Mulher e pela Paz Internacional.
fontes:
- A última fogueira das mulheres. A memória dos direitos civis. Por Vittorio Zucconi.
- Conquistas na luta e no luto. Por Maíra Kubík Mano
Designed by HTML Codex