A diretoria do Sintect/SC realizará Assembleias Extraordinárias para debater com a categoria a proposta do plano de saúde, DDA, OAI e Entrega Matutina e para fazer a aprovação do Estado de Greve. A greve será necessária para conter a retirada de direitos dos trabalhadores dos Correios.
Conhecer as proposta da ECT para o plano de saúde é fundamental para saber quais serão os prejuízos que a categoria vai sofrer com as mudanças.
A Federação lançou um calendário de luta para mobilizar os trabalhadores contra os argumentos da ECT nos quais os gestores afirmam que a empresa está passando por dificuldades financeiras, apresentando um déficit bilionário.
Em anos anteriores a empresa destinou recursos que deveriam ser investidos nos trabalhadores para bancar campanhas de marketing e patrocínios publicitários.
Os Correios e a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) assinaram em fevereiro um contrato de patrocínio com duração de dois anos.
O valor do contrato é de aproximadamente R$ 2 milhões por ano de patrocínio.
Hoje, o discurso é de prejuízo financeiro e sendo assim esse argumento serve para justificar a piora da qualidade do trabalho da categoria.
Os equipamentos e veículos são de péssima qualidade, os Carteiros sofrem com o peso da bolsa e por enfrentar dias quentes e chuvosos, os OTTs estão trabalhando dobrado com a falta de funcionários, os Atendentes Comerciais são obrigados a cumprir metas pra aumentar a lucratividade da empresa e o pessoal do administrativo está à mercê das mudanças organizacionais com a reestruturação dos Correios.
- Para os Correios, é preciso mexer no plano de saúde e a categoria terá de arcar com 50% das despesas, será cobrada uma mensalidade por dependente e para cada procedimento o trabalhador terá de pagar o compartilhamento no percentual de 30%. - comenta o dirigente José Maria Pego.
Pego participou do Seminário organizado pela Federação e conheceu a proposta da Comissão Paritária para melhoria do plano de saúde.
- A questão é, se a categoria não se envolver nesta luta, participar das Assembleias, e mostrar seu desconforto e a insatisfação que tem sentido contra a ECT, a situação vai piorar e os salários serão atingidos com as mudanças. - alerta Pego.
A proposta apresentada pela representação da categoria sugere a rejeição de qualquer alteração no custeio ou compartilhamento no plano.
O custeio do plano de saúde pela ECT não é o fato responsável pelos prejuízos econômico-financeiros da ECT.
Outra proposta da categoria, contrária a da empresa, é que a gestão do plano de saúde seja feita pela área de Recurso Humanos da ECT com a participação dos trabalhadores, no modelo de autogestão.
Esses são apenas alguns pontos da proposta defendida pela categoria.
Foram apresentadas 38
propostas, 24 foram de consenso e para 14 itens não houve acordo, sendo que 9
foram apresentadas pelos trabalhadores e 5 pelos gestores e técnicos da ECT.
(crédito da foto - *Heitor Lopes)
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