A FENTECT realizou no sábado dia 18/2 o \"Seminário Nacional em Defesa do Plano de Saúde\" dos trabalhadores dos Correios. Representantes de Sintects de todo o país, filiados à federação, estiveram reunidos em Brasília, realizando estudos sobre a saúde suplementar no Brasil e a realidade nos Correios. O dirigente sindical José Maria Pego participou do seminário. \"Queremos que a ECT volte a cuidar deste nosso benefício, um direito conquistado com a luta da categoria\", afirmou José M. Pego.
O diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Max Leno, tratou dos principais embates sindicais na atualidade, referente a saúde do trabalhador.
\"Percebemos a falta de formação para subsidiar o movimento sindical no debate, sejam de cunhos mais básicos, como também questões mais complexas, como a atuação do órgão regulador\", destacou.
Segundo o diretor do Dieese os sites são fonte importante de avaliação das operadoras.
Max Leno ainda informou que poderá contribuir com a categoria dos Correios a partir da nota técnica lançada pelo DIEESE.
Problemática
O diretor do DIEESE explanou sobre a crise na saúde suplementar brasileira, como a queda na renda da população.
\"Muitos estão deixando planos de saúde e escolas particulares e migrando para a saúde e educação públicas. Estão migrando para o SUS principalmente para contornar os preços dos planos de saúde\", ressaltou Max Leno.
Essa migração, de acordo com o diretor, é devido ao reajuste contratual acima da inflação, nos planos, e os reajustes por força da idade.
\"A medida que os trabalhadores vão envelhecendo, os planos vão se compatibilizando a essas realidades de valores mais significativos\", disse.
PEC 55
Caso vigorasse desde o ano de 2002, o orçamento da saúde perderia em torno de R$ 1 bilhão, conforme estudos do departamento intersindical. Tão complexa para a categoria pública e estatal, a Proposta de Emenda à Constituição nº 55 também surge como um dos maiores embates para setores prioritários para a sociedade, entre eles, a saúde.
\"Ela estabelece um critério de reajuste para os próximos 20 anos. Os gastos podem subir somente de acordo com a inflação do ano anterior\", lembrou o diretor Max Leno.
Leitura obrigatória
Diante dessas dificuldades para os brasileiros e, em particular, para os (as) ecetistas, o trabalho da Comissão Paritária de Saúde, que teve como resultado o relatório final com mais de 700 páginas, poderá, de acordo com o diretor, subsidiar as decisões e atividades sindicais.
Assim, os temas que devem ser aprofundados, em um primeiro momento, com prioridade são: modelo de gestão; redes credenciadas; custeio do plano e do pós-emprego; elegibilidade; governança, plano de medicamentos e sistemática de auditorias.
\"É importante que esses estudos cheguem às bases para que o entendimento seja fator fundamental para a tomada de decisões nas assembleias\", finalizou o diretor do DIEESE, Max Leno.
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